Estudantes do curso de Direito realizam primeiro Júri Simulado

A partir da discussão sobre o livro “O caso dos exploradores de cavernas", escrito por Lon L. Fuller, surgiu a atividade Júri Simulado, como parte da disciplina de Introdução ao Estudo do Direito (IED), ministrada pelo professor e coordenador do curso, Ítalo Melo.

O júri simulado foi organizado da seguinte maneira: a turma se dividiu em três partes, alguns estudantes ficaram responsáveis por realizar a defesa e outros pela acusação. Enquanto o restante da turma participou das pesquisas e da produção de um material escrito apresentado aos juízes (professores) antes do início da sessão simulada.

O caso analisado na ocasião é baseado na história fictícia do livro “O caso dos exploradores de cavernas". A obra conta a história de um grupo de cinco exploradores que ficam presos em uma caverna e só conseguem ser resgatados após 32 dias. Para sobrevivência da maioria, o grupo decide pela morte de um dos exploradores, que serve de alimento para os demais. Quando são finalmente resgatados, os quatro exploradores sobreviventes, enfrentam um julgamento pelo homicídio de Roger Whetmore. 

O enredo do livro tem seu ponto central nos votos dos cinco juízes que formam a Suprema Corte de Newgarth. Nos seus votos eles discorrem sobre as diferentes visões possíveis da ciência jurídica, a partir do caso dos acusados. Trata-se de uma obra clássica utilizada até hoje nas principais faculdades de Direito do país, por oferecer aos estudantes um rico conteúdo filosófico e teórico.

A estudante Júlia Ferreira, que atuou no júri simulado como promotora do julgamento, relata que apesar do pouco tempo de preparo, a atividade foi uma experiência engrandecedora. “Foi uma vivência extraordinária, nosso primeiro contato real com a função e foi muito recente, logo no primeiro semestre, com um pouco mais de um mês do início das aulas. Foi muito intenso, fiquei nervosa, mas foi gratificante ver que conseguimos expor um bom trabalho e sustentar argumentos concretos.”

O estudante Caiki Martins conta que essa atividade foi uma oportunidade para os acadêmicos aprenderem mais sobre a prática jurídica, “essa experiência foi empolgante, pois mostra que a proposta do curso é inovadora.”

O professor Ítalo Melo, responsável pela atividade, afirma que ficou feliz com o desempenho da turma. “Fiquei muito satisfeito com a adesão dos nossos estudantes. Esse tipo de atividade tem a vantagem de despertar nos estudantes competências que estão muito além do mero conteúdo formal. É possível perceber que a partir de uma atividade como essa, estarão mais aptos para falar em público, entender o funcionamento das instituições judiciais, ajudando a formar profissionais mais qualificados” enfatiza.